Milagres sim, santos não.



Contamos os milagres. Os santos não.
Já convivemos com várias pessoas talentosas, gente divertidíssima (embora outras nem tanto).
Entre clientes, fornecedores, redatores, diretores de arte, atendimentos e marketeiros em geral, há gente com várias histórias saborosas e divertidas. A todos, nosso muito obrigado pela convivência e por ajudarem a deixar nosso dia a dia mais colorido. Se alguém se identificar nossas histórias, lembrem-se: amamos vocês do fundo de nossos corações.

Dividimos aqui nossas pérolas:

Certa vez, uma funcionária vinda lá do norte de Minas ficou furiosa: de uma hora para outra começou a esbravejar, xingar e reclamar. O motivo, segundo ela, era que alguém havia estragado nosso aparelho de fax ao enviar um pedaço de fita adesiva junto com documentos. O aparelho apitava sem parar. O incrível dessa história era a tecnologia até então desconhecida, que materializava objetos enviados do outro lado da linha. Depois de três dias de risadas e gargalhadas, alguém conseguiu explicar para a moça: a bobina de fax havia acabado até que saiu o tal pedaço de fita adesiva que grudava o papel a um cano plástico - mais três dias seguidos de gargalhadas.

Temos clientes em outras praças. Uma vez, nossa secretária ligou para uma dessas empresas para perguntar como estava o clima na região, pois precisávamos enviar um fotógrafo para fazer um trabalho externo. E não é que a pessoa que atendeu ao telefone disse que não sabia como responder a pergunta, pois onde estava não tinha janela!

Essa é de um amigo que já trabalhou conosco como atendimento. Realmente, o melhor que já tivemos. Um dia ele voltou muito empolgado de uma reunião de prospecção. Contou como foi ótima a impressão da empresa, que a conversa foi muito boa, que eles faturavam muito bem, e que isso, e que aquilo... Até que alguém perguntou inocentemente o que a tal empresa fazia. Cinco minutos de silêncio, rosto todo vermelho e a resposta categórica: – Ah... Isso eu não sei não! – E tome risada!

Aqui já vimos de tudo, até uma profissional jurar que seu gato rosna e que o seu cachorro pensa que é um gato. É dela também a seguinte pérola:
– Oi fulano, tudo bom?!
– Estou ligando para avisar que acabei de enviar um e-mail para o diretor de arte.
– Ele vai xingar! Eu sei que vai, porque enviei uma imagem para ele. A foto está em baixa.
E já chorando, prevendo os xingamentos:
– Mas não tem jeito...

O diretor de arte é taxativo. Jura de pés juntos que não xinga, que não é chato, que definitivamente não é grosso! É apenas direto. Como diz o outro:
– Índio grosso uma barbaridade!

Aqui conhecemos bem o poder da Régua de Metal.
Muita gente já teve mais medo dela do que de um sabre de luz da saga Star Wars.
Um dia, uma estagiária conseguiu tirar toda a moral da Régua de Metal.
No meio de um xingamento "daqueles" do diretor de arte, ela se esparramou pela cadeira e falou bem baixinho em tom desafiador:
– Pode falar fulano! Pode falar... Eu não tenho mais medo de você... Nem da Régua de Metal. Mais três dias de gargalhadas seguidas.

Tinhamos um redator ótimo, dono de muitas verdades e de inteligência peculiar. O seu jeito de trabalhar é muito pouco ortodoxo. Para falar a verdade, ele gosta mesmo é de trabalhar depois das 18 horas. O resultado disso é que ele conseguiu acabar com nosso estoque de Cachaça Boralina em poucos meses. Depois de uma dessas sessões de Boralina, o redator conseguiu quebrar um souvenir de um museu famoso, que foi dado de presente para uma das pessoas daqui. Tentamos esconder o fato e alguém teve a ideia de comprar outro souvenir pela lojinha do site do museu. Ufa! Tudo resolvido… até que o objeto chegou: a cor estava errada! A Régua de Metal falou alto neste dia...

Redator é ótimo! Todos têm uma verve satírica enorme. Desejamos honestamente que a verve passe para os textos criados. Eles também são mestres do apelido (o pior é que sempre acertam na mosca): é "Reticências" pra lá, "Burro Falante" pra cá, "Pitéu", "Seu Barriga", "Coisinha", "O Sem Noção"... Tem cada um!

Até hoje, rimos de um estagiário que carregou 5 litros de retícula líquida pelos três andares de uma gráfica. Como se não bastasse, ele fez isso tudo pelas escadas!

Uma redatora muito sensível, dessas que é poeta e poetisa ao mesmo tempo, certa vez descolou um pequeno trabalho para a agência. Como se tratava de uma coisa muito simples, fizemos um protótipo para levar ao cliente antes mesmo do briefing.
Reunião em curso e o cliente pedindo mil coisas do tipo:
– Eu gostaria da cor tal no fundo da peça, porque está muito na moda. Eu também gostaria de mostrar para vocês um formato bem interessante de uma peça que eu recebí pelo correio, penso que seria o ideal. E aquilo foi ficando inacreditável, pois cada palavra, cada pedido, cada detalhe, por mais minucioso e exato que o cliente pedia, correspondia exatamente com o protótipo que fizemos. Quando o cliente terminou seu monólogo, sacamos o protótipo.
– Então tá! Está aqui o material que você acabou de pedir.
Silêncio total. Dava até para escutar o barulho do vento lá fora.
O cliente ficou com cara de planta. Até hoje, achamos que o cliente está tentando entender o que aconteceu.

Uma de nossas colaboradoras conseguiu escorregar do último degrau da escada da agência.
Foi um barulhão seguido de um grito de dor. Quando chegamos ao local para ver o que aconteceu, encontramos a fulana toda torta. Para completar ainda mais sua infelicidade, haviam dois clientes na agência. Com a moça levantada e deixada mais ou menos no lugar, um dos clientes sugeriu comprar um remédio para dor muscular (ou algo do gênero). E lá se foi o homem porta afora comprar o tal medicamento. Minutos depois ele surge, desta vez porta adentro, com o rosto mais feliz do mundo e um pote de dois litros de sorvete nas mãos:
– Encontrei o melhor remédio para quem cai de escada!
Agora, se você cair da escada, já sabe o que tomar!

Tem também uma pérola de uma pessoa que começou a trabalhar aqui e em poucos dias começou a escutar que tal coisa era na pê quê pê... E assim foram passando os dias, com pê quê pê para lá e pê quê pê para cá.
Até que um dia ela tomou coragem e perguntou:
- Onde diabos ficava essa tal de pê quê pê? Ninguém respondeu. Um dia ela contou que demorou... mas a ficha caiu... P*%@ Q^# P@3! !!!